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Você está preparado para ser esse profissional?
Temos vivenciado um momento de mudanças profundas nos últimos tempos, que vai nos levar em direção a uma nova fase em nossas carreiras.
Em um mercado completamente diferente, que ainda está se desenhando, é de se esperar que algumas habilidades sejam essenciais para garantir a nossa sobrevivência e crescimento neste novo cenário.
Mais do que nunca, as “soft skills”, ou habilidades socioemocionais, estão na pauta principal de todas as organizações ao redor do mundo. O fator humano e sua capacidade de se adaptar diante das adversidades não é um estudo novo e já vem sendo objeto de investimento das áreas de treinamento e desenvolvimento de muitas empresas ao longo dos últimos anos. O momento desencadeado pela atual pandemia acelerou a priorização desse tema e, principalmente, tornou urgente a necessidade de encontrar profissionais que respondam, de forma rápida e produtiva, ao novo cenário.
Será que você atende a esses requisitos? Já parou para pensar que talvez você não esteja pronto ou nem mesmo saiba o que as empresas e o mercado esperam de você?
Vejamos o que foi discutido recentemente no evento internacional “Decoding The Future: Sharing New Soft Skills“, realizado pela CEGOC, líder internacional em formação profissional. Neste evento, que contou com a participação de vários profissionais de empresas europeias em diferentes segmentos, foram destacadas as sete soft skills mais procuradas pelo mercado neste momento:
- Colaboração remota:
Trata-se não somente de saber utilizar recursos tecnológicos e ferramentas que permitam a colaboração a distância, mas também de entender o seu lugar no todo, a interdependência entre aquilo que você faz e o outro faz, e os impactos do seu trabalho e atitudes no resultado da sua equipe e da sua empresa.
- Comunicação digital:
Com menos recursos disponíveis relacionados à comunicação, tais como o “olho no olho” e a linguagem não verbal, esta habilidade vai além de dominar o uso de ferramentas de mensagens instantâneas e videoconferência. É necessário mais elaboração do pensamento na hora de se comunicar para não errar o tom entre a formalidade e a informalidade. Não cuidar da forma e do conteúdo na sua comunicação digital pode colocá-lo no limiar da inadequação profissional.
- Agilidade e adaptabilidade:
Ao contrário do que se pensa, agilidade não é fazer mais rápido os mesmos passos de um processo ou atividade que geram um dado resultado, mas, sim, otimizar esses passos ou substituí-los para buscar o mesmo resultado ou então superá-lo. As metodologias ágeis são importantes ferramentas para isso, mas de nada servem sem a mudança de mentalidade fixa para mentalidade de crescimento e da capacidade de adaptar-se às mudanças.
- Criatividade e sentido de inovação:
Acompanhar as mudanças não é ficar na plataforma vendo o trem passar, mas, sim, abrir-se para experimentar o novo e explorar as possibilidades de colocar sua mão na massa e contribuir. Para desenvolver-se nessas habilidades, é preciso superar o medo de errar e abrir mão da perfectibilidade. Ao mesmo tempo, é ter a capacidade de criar cenários, avaliar riscos e desenvolver contingências.
- Espírito de iniciativa e empreendedorismo:
Não é preciso ter um negócio próprio para desenvolver essas habilidades, mas é preciso pensar como dono. Antecipar-se, investigar alternativas e assumir a liderança frente aos desafios e oportunidades do seu negócio colocam qualquer profissional elegível a participar das frentes de inovação da sua empresa.
- Organização eficaz do trabalho:
Performance e desempenho andam lado a lado com a capacidade de ser organizado, saber priorizar os recursos e, principalmente, o tempo. Disciplina também é fundamental para colocar em prática qualquer plano de ação, mesmo diante de mudanças de cenário. Ter essa capacidade significa reorientar-se de forma eficiente sem perder o foco no objetivo.
- Capacidade de (re)aprender e aprender:
Já ouviu aquela máxima que diz que se você continuar fazendo do mesmo jeito continuará tendo os mesmos resultados? No atual cenário, se insistir “naquele” jeito que sempre funcionou, certamente não terá nem sequer os mesmos resultados. É preciso “desapegar” do formato antigo, estar aberto para fazer diferente e genuinamente interessado em incorporar novos conceitos e práticas. Além disso, é possível que seu arsenal de conhecimento não seja mais suficiente para executar atividades que ainda irão surgir nos próximos meses.
Se, há algum tempo, já falávamos sobre a importância das soft skills no desenvolvimento humano, hoje elas se tornaram o único caminho possível para garantir a nossa sobrevivência em um mundo exponencial.
A principal lição que podemos tirar deste momento é que devemos estar abertos para nos reinventarmos. Abraçarmos o conceito de lifelong learning, ou aprendizado contínuo, que nos ensina que o aprendizado não pode ser mais visto como um processo com início, meio e fim, e que devemos assumir o protagonismo do nosso desenvolvimento e aprender constantemente.
Que tal aproveitar este momento para refletir e fazer uma auto avaliação sobre essas habilidades?
1. De 1 a 10, como me avalio hoje nesta habilidade? Quais as evidências que justificam a minha nota?
2. Qual delas posso considerar como meu ponto forte?
3. Qual delas representa a principal ameaça para mim?
4. Como posso utilizar o meu ponto forte para minimizar esta ameaça?